Abrasel diz que atraso de pagamento está subindo e pode piorar com elevação da Selic. Entenda.
O setor de bares e restaurantes enfrenta um ano difícil para se manter equilibrado financeiramente e de portas abertas. Primeiro foram as restrições impostas por causa da pandemia e a necessidade de distanciamento social, exigindo que esses negócios se reinventassem para sobreviver.
Agora, após o afrouxamento dessas restrições, os bares e restaurantes começam a ver a movimentação de público e a um cenário próximo ao visto antes da Covid-19. Contudo, uma nova situação causa preocupação: a elevação da taxa Selic para 7,75% ao ano.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, a questão é que esse índice vai dificultar o crédito no momento em que as empresas estão descapitalizadas e mais de 30% delas seguem com prejuízo.
O representante do setor afirma que as pesquisas de setembro apontam que quase 45% dos negócios que tomaram empréstimo bancário estão com atraso acima de 90 dias, com tendência de alta, e prevê um colapso nos pagamentos.
Pronampe
Segundo a Abrasel, a preocupação maior é o Pronampe, o programa do governo federal para conceder crédito e apoiar micro e pequenas empresas na pandemia.
"Por ser o indexador do Pronampe, eleva para 9% os juros cobrados pelo programa de crédito, ante os 3,25% que eram cobrados no ano passado", diz.
Solmucci vai pedir prazos mais alongados de pagamentos ou renegociação de taxas para o setor.
"Ou a gente reestrutura essa dívida, ou todos que tomaram recursos para sobreviver vão ser jogados na inadimplência", afirma. Os custos de aluguel, energia, alimentos e bebidas também alertam.
Fonte: com informações da CNN.